O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos", 8-3-1914
Não pensar... as vezes é só assim que dá pra prosseguir.
ResponderExcluirBeijos querida, sempre linda, sempre perfeita.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPor isso que nunca penso, só vivo!
ResponderExcluirBeijos mana
Orgulho de vc!
Eu não tenho filosofias: tenho sentidos.. isso é mt eu, Mariii ;)
ResponderExcluirAmei mesmo!
Bjokas.
Penso.... logo desisto:)!
ResponderExcluirExcelente escolha.
Bjo