segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Atemporal


Por favor, não me peça para esperar,
Não me analise, não fique procurando cada defeito meu...

No coração, o tempo não tem ritmo,
O tempo não comanda.
A felicidade se designa na certeza do ‘para sempre’, do insaciável.

Você entende o que o outro sente, mesmo quando ele não está ali.

Amor é tempo de inconstâncias.
Por essência, é criar belezas.

É voltar no tempo.
É estar no tempo certo.

Quiçá, é fazer escolhas.
As melhores, de preferência!

No amor não existe prazo de validade.
Amor é atemporal!
Ele excede o tempo, no passado, no presente e no futuro.

(Marília Felix)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Reservas


Quando a gente ama, a gente cuida!
Às vezes mais do que necessitaria.
Por que as vontades nunca satisfazem.

No amor é difícil entender certas ausências.
Tão pouco, sacrifícios.

A gente consume mais do que tem,
A gente se sustenta,
E acredita que somos capazes de suportar qualquer coisa.

Agarramo-nos a isso
E não precisa de mais nada.

Na hora do aperto, as reservas acabam.
E, de repente, um riso tímido
Presenteia nossos lábios.

É quando, então, descobrimos...
Que o infinito nunca acaba.

Ao contrário, é uma eternidade pra quem se foi e uma inquietude para quem fica.


(Marília Felix)

domingo, 21 de abril de 2013

Coração que vibra


No meio de todas as inconstâncias,
Algo se fazia constante.
Nada que pudesse explicar,
Mesmo que tentasse.
Nada que fizesse parar de bater.
Insaciável.
Imprescindível.
A parte mais bonita do que eu sou.
Um coração que vibra nos extremos de dois nós.
De nós!
Tem cheiro.
Tem sabor.
Liberdade de sentir e estar.
Necessidade de cada instante.
Alegria de qualquer lugar.

De tão tudo
Chega a ser próximo, mesmo na distância que é.

Marília Felix

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Perecível


Já faz um bom tempo que não consigo escrever como antes. Aliás, nada mais é como antes. Quisera eu conhecer melhor todas essas mudanças. Quem me dera reviver alguns arco-íris do passado. Sofro por causa do meu espírito de juntar sentimentos, de querer abraçar o que não consigo. Tudo que sinto tropeça na saudade. Viver sob um sonho que às vezes parece perecível demais. Então olho pro céu estrelado. Meu coração dispara. Minhas palavras viram fumaça ao vento, misturo-me com a fumaça, tudo vira saudade, e quem sabe, um sorriso.

Marília Felix