sábado, 24 de setembro de 2011

Estado de graça


Meu amor independe do que me fazes.
Não cresce do que me dás.

Se fosse assim ele flutuaria ao sabor dos teus gestos.
Teria razões e explicações.
Se um dia teus gestos de amante me faltassem,
Ele morreria como a flor arrancada da terra.

"Amor é estado de graça e com amor não se paga".

Nada mais falso do que o ditado popular que afirma
Que 'amor com amor se paga'.
O amor não é regido pela lógica das trocas comerciais.
Nada te devo.
Nada me deves.
Como a rosa que floresce porque floresce, eu te amo porque te amo.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Origami

Sou muitas partes
Pedaços juntados ao acaso
Folhas sopradas pelo destino
Voando soltas ao vento
Não estou quebrado
Sou apenas composto
Uma colcha de retalhos
Simples patchwork
Compreenda
A cada momento
Uma parte nova se soma
Uma parte velha se solta
Há pedaços lindos que eu amo
Há pedaços faltando
Estou incompleto
Mas não tem importância,
Não estar finalizado em que sou
Me dá opção de ser quem eu puder
Me dá a chance de ser cada vez
Melhor
By Jeovane Maciel

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mais uma de amor


AMOR!
Em letras garrafais de preferência
Seria uma nova exigência dos dias atuais?

Não deveria bastar ter alguém pra conversar?
Sair pra jantar de vez em quando?
Comprar mimos
Sorrir ao receber torpedos
Ficar olhando pra chuva, suspirando
Tudo de vez em quando?

NÃO BASTA!
Não se contente com pouco, pense grande!

É necessário estar apaixonados ao cubo
Precisamos ser surpreendidos por declarações
Esperamos presentes inesperados
Queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo

Queremos e precisamos ser felizes assim
E não de outro jeito.

É o que dá
Assistir tanta televisão
Ler tantos romances...

Criamos expectativas demais em cima dos mocinhos e mocinhas
E na hora do capitulo da vida real
Levamos um choque
Ao perceber que não é bem assim que tudo funciona

O amor não é o ridículo da vida!

Ou talvez seja
Ele ainda vale à pena
Só que sem encantamentos, sem loucuras

Só Amor!
Pleno e puro em todas suas formas.

sábado, 10 de setembro de 2011

Entre as minhas asas diáfanas

E eu aqui,
Já não consigo reprimir as minhas pálpebras,
Elas teimam em se fechar...
Mas eu, que tenho asas diáfanas,
Não consigo deixar de imaginar,
Deixar de ver a esperança que vive entre as nossas “costuras”
E que, do tempo, se farão presentes em nossos sorrisos tão parecidos.
Você que torna minha vida mais ingovernável,
Que me faz pular poças e mais poças, fazendo splashes sobre a água,
Respingando sobre mim,
A tua minha gargalhada.
E maximizando a minha felicidade...
Que és tua!
E eu encharco-me dela!

(Marília Felix)
Post original no Jardim do Girassóis

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Feliz Aniversário!

Ela sonha acordada
Fazendo mil planos mirabolantes
Inventa novas cores pra enfeitar o desenho
Que é sempre dos mais bonitos
Espalha palavras doces pelo caminho
E espera que as letras sejam devoradas
E são!
Sempre são
(desconhecido)


FELIZ ANIVERSÁRIO MENINA MOÇA DOS VERSOS!
PIQUE PIQUE @MHARILIAFELIX

Guriaaaaa!!
Como eu gosto de encher o peito e dizer:
SOU AMIGA DA MARILIA FELIX
Somos irmãs, companheiras pra toda vida.
Conte sempre comigo, pras horas boas e horas ruins.
Pras risadas e pros choros.
Estarei sempre ao seu lado.
Nem que seja pra trocarmos horas de silêncio.
Me prometa que vai se cuidar
E que vai continuar sendo esta menina moça mulher apaixonante.
Amo você!
Aproveite muito seu aniversário e que Deus a abençõe.
Um beijo doce e um abraço bem forte!

Da sua amiga
Da sua irmã
@RosamariaRoma

domingo, 4 de setembro de 2011

Ser menos -


Eu preciso aprender a ser menos.
Menos dramática.
Menos intensa.
Menos exagerada.

Alguém já desejou isso na vida: ser menos?
Pois é.
Estranho.
Mas eu preciso.

Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração,
Cale-me o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma.

Porque eu preciso. E preciso muito.
Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida,
Não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. 

Eu preciso respirar.
Me aperte o pause, me deixe em stand by,
Eu não dou conta do meu coração que quer muito.

Eu preciso desatar o nó.
Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda. 

Onde está a placa de PARE bem no meio da minha frase?

Confesso: eu não consigo.
Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama.

E eu vou...
Com o coração na mochila,
O lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou...

Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora.
Existe aí algum remedinho para não-sentir?
Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento?

Quer saber?
Existe.
Existe e eu preciso.
Preciso e não quero.