quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Reservas


Quando a gente ama, a gente cuida!
Às vezes mais do que necessitaria.
Por que as vontades nunca satisfazem.

No amor é difícil entender certas ausências.
Tão pouco, sacrifícios.

A gente consume mais do que tem,
A gente se sustenta,
E acredita que somos capazes de suportar qualquer coisa.

Agarramo-nos a isso
E não precisa de mais nada.

Na hora do aperto, as reservas acabam.
E, de repente, um riso tímido
Presenteia nossos lábios.

É quando, então, descobrimos...
Que o infinito nunca acaba.

Ao contrário, é uma eternidade pra quem se foi e uma inquietude para quem fica.


(Marília Felix)