Por Rogna Costa
A aurora desperta reluzente como quem tem algo bom para me oferecer, me lança forças que andei buscando em outras atmosferas cativantes, mas descontentes.
Passos tortuosos foram dados, espinhos me feriram deixando marcas que só agora começam cicatrizar, com o soar dos ventos que anunciam uma nova canção.
Joguei sementes por onde firmei minh’alma. Colhi os frutos amargos e eis o tempo que os frutos doces enchem minhas mãos.
Ah, se esse momento pudesse eternizar! Mas não teria graça, a luz em excesso incomoda. Às vezes, é preciso o vazio, a penumbra, para almejarmos as coisas simples, que podem nos tornar radiante a cada dia, dependendo do olhar que se derrama.
É tosco para quem não enxerga além, para quem não sente o querer, para quem não se dá inteiramente.
E quando a existência parecer insignificante, olharei novamente para o horizonte e lembrarei de que a inércia não faz parte dessa trama, que muitas ‘águas irão rolar’ e o melhor ainda está por vir.
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'Quem és tu que me lês? És o meu segredo ou sou eu o teu?'