Que serei eu assim vivendo sem ti?
Se o meu amor exacerbado é tão retumbante
quanto o léxico dos sonhos contigo;
Dormir, sonhar, acordar...tanto faz...
Se a tua imagem não sai do meu semblante
Ela roubara todos os meus pensamentos
E antes eu, que era o que pensava
Agora vivo com o âmago à espera do teu amor;
E mesmo sabendo que nunca poderei ser correspondida
Prendo-me a estes teus braços, que me carregam dia e noite
na ilusão constante em que vivo.
Viver assim, com esse paradoxo de sentimento platônico,
com toda essa ideologia errônea que não me satisfaz...
Minutos passam e o meu desejo continua sem resposta
Mas mesmo assim, seguirei com esta prosopopéia sonolenta
que me acalenta veemente.
(Marília Felix)
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'Quem és tu que me lês? És o meu segredo ou sou eu o teu?'